Pelo Mundo Fora, Julia Glass
«Pelo Mundo Fora é um romance humano, vívido, de esperança e perda, loucura e perdão, que revela os mecanismos subtis subjacentes às nossas mais importantes, e por vezes mais frágeis, relações com os outros.
Greenie Duquette distribui a sua energia apaixonada entre a padaria que possui em Greenwich Village e o filho de quatro anos, George. O marido, Alan, parece estar afundado numa depressão da meia-idade enquanto Walter, o seu colega de profissão mais chegado, sofre de um desgosto de amor. É exactamente no restaurante de Walter que o governador do Novo México, que está de visita, prova o bolo de coco de Greenie e decide persuadi-la a sair da cidade para ser sua chef. Por razões que vão da ambição ao desespero, ela aceita – e mete-se a caminho para oeste, sem o marido. Esta decisão impulsiva, assim como vários acontecimentos fora do seu controlo, vão mudar o curso da vida de algumas pessoas em redor de Greenie.»
No entanto, rapidamente me vi enredada numa teia de personagens que, aparentemente sem muito em comum, se vão cruzar, sem que haja grandes explicações. Adorei as descrições culinárias relacionadas com a pseudo-protagonista e a forma como decorre a vida de uma chef de um governador, mas não é o centro da história. Talvez o centro seja diferente para cada um dos leitores; as pesonagens decobrem-se, encontram-se, aquando do 11 de Setembro e daquilo que lhes sugere\ameaça nas suas vidas. Faz-nos pensar sobre relações, sobre prioridades e sobre o efémero. No entanto, como o final é vago, parece que nada vale a pena pois o efémero somos todos nós... e aqui recordo a rosa do Principezinho, nós é que damos importância a coisas e a pessoas... Fiquei a pensar se a tradução do título estaria bem feita mas o meu inglês não chega aos cambiantes necessários para julgar de «The whole world over» fica bem com «Pelo mundo fora». Por mim, não achei as viagens que queria, a não ser pelo mundo interior de cada uma das personagens. A revisão deixa muito a desejar: há erros ortográficos vários, como «há» sem «h» e «encaraculados»... Se a Civilização se dá ao trabalho de fazer uma sobrecapa, seria de esperar que a revisão também fosse importante. É uma leitura de férias, lê-se bem e gostaria de a discutir com mais alguém. Descobri agora que há um livro anterior da autora que, ao que parece, não está publicado em Portugal, «Three Junes», título brasileiro «Três Verões», com personagens deste «Pelo mundo fora». A lógica desta política editorial passa-me um pouco ao lado; a própria página da editora faz referência ao livro anterior e ao prémio com ele recebido.
1 comentário:
Comecei a ler o livro à pouco tempo... e também o comprei pela capa... a cidade e as luzes, o azul do céu e do rio. Cativa imenso.
Quando terminar digo a minha opiniao :)
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