terça-feira, 20 de maio de 2008

Amélie Nothomb

Mais do que de um livro, hoje falo de uma autora. Dizer que ADORO os livros dela é pouco. Gosto acima de tudo dos universos «bizarros» que ela cria. Os seus livros são originais, leves, delicados e cruéis. Estranhos. E como tal ou se estranham ou se entranham. Em Portugal estranham-se mais do que se entranham, parece-me. A atestar pela lista dos não-publicados. Em França é um fenómeno. Escreve um livro por ano (todos muito curtos) e é verdadeiramente venerada. Só pelos títulos dos livros já dá para perceber um bocadinho do universo bizarro de Amélie Nothomb.

Amélie Nothomb (Kobe, Japão, 1967) é uma escritora belga.

Passou a infância e a adolescência no Extremo-Oriente, em particular no seu país natal e na China. Profundamente marcada pelo Japão, onde o seu pai foi embaixador, fala fluentemente japonês e foi intérprete em Tóquio. «Grafómana», como se define a si própria, escreve desde sempre. Em 1992, com 25 anos, fez a sua entrada no mundo das letras, sendo hoje uma das figuras mais mediáticas da cena literária francesa. Tem nacionalidade belga e vive normalmente em Bruxelas.

Romances publicados
Higiene do Assassino (1992) – Editorial Presença
Le Sabotage Amoureux (1993) – inédito em português
Les Combustibles (1994) – inédito em português
Les Catilinaires (1995) – inédito em português
Péplum (1996) – inédito em português
Attentat (1997) – inédito em português
Mercure (1998) – inédito em português
Temor e Tremor (1999) – Editorial Bizâncio / Colecção Asa de Bolso – Grande Prémio de Romance da Academia Francesa
Metafísica dos Tubos (2000) – Editorial Bizâncio
Cosmética do Inimigo (2001) – Editorial Bizâncio
Dicionário de Nomes Próprios (2002) – Edições Asa
Antichrista (2003) – Edições Asa
Biographie de La Faim (2004) – inédito em português
Acide Sulfurique (2005) – Ácido sulfúrico - Edições Asa
Journal d'hirondelle (2006) - inédito em português

(retirado daqui)

Deixo o livro que me deu a conhecer o universo Nothomb (Temor e Tremor)



«O senhor Haneda era o superior do senhor Omochi, que era o superior da senhora Mori, que era a minha superiora. E eu, eu não era superiora de ninguém. Por conseguinte, na companhia Yumimoto, eu estava às ordens de toda a gente.»

Recém-chegada à Yumimoto Corporation, uma empresa japonesa, Amélie, uma jovem ocidental, cedo se apercebe de que a hierarquia representa tudo. Quem se cinge ao seu lugar, sobrevive; quem tenta quebrar barreiras, será arrasado. Desde o seu primeiro dia de trabalho que a determinada mas desafortunada Amélie comete erro atrás de erro, sendo que um dos maiores é ter a infelicidade de simpatizar com a sua superior imediata, a bela, eficiente e gélida senhora Mori. O que se segue é um perverso e ritual processo de humilhação. Mas mesmo quando a vida de Amélie na Yumimoto Corporation entra numa inexorável e hilariante espiral descendente, o que ela aprende sobre si própria e os seus colegas é alternadamente delicioso, ultrajante e surpreendente.

(Não quero puxar brasas a sardinhas, mas tinha que falar dela. - Só quem me conhece perceberá esta conclusão.)

7 comentários:

. disse...

Também gosto de ler livros estranhos. Acho que essa autora ia ganhar mais uma admiradora. Mas ´vocês fazem tantas e tão boas sugestões que qualquer dia vou assaltar uma livraria. Aliás, ontem passei naBertrand e apeteceu-me ir lá perguntar se não precisam de um funcionário. LOL. Juro.

Luz

AnaBond disse...

ahahah
luz, tu empregaste e depois deixas as amigas irem ler livros... pode ser? :P

Cool Mum disse...

adorei, quero ler
emprestas? (ó eu a fazer-me à sardinha ;) )

Flores disse...

Cool,

claro q sim.

CGM disse...

Vai mais um para a lista.

Infelizmente Maio é o meu pior mês de trabalho (Junho também, e ah pois, Abril também é mau) e por isso e espero que excepcionalmente não pude acompanhar o livro do mês.

Mas este deixou-me de água na boca...

Cristina disse...

Não conheço!
A ver se encontro na Feira do Livro. LOL Já este Sábado...

Cristina

Mar disse...

Já estive com livros dela na mão (temos esse do tremor cá em casa...).

Saber porque é que ainda não li? É a autora preferida da minha sogra, ahahahah!

(eu até gosto da minha sogra). ;)

Ó Luz, isso não rende, rende é trabalhar numa distribuidora (um amigo meu trabalhava numa e houve livros de graça para meio mundo, fins de edição; depois saiu de lá :(