Eu peguei em O Egipto-notas de viagem, de Eça de Queirós. Comprei-o em 2000 antes de ir ao Egipto e nunca o tinha lido. Devo confessar que também não o acabei desta vez. É, como o nome indica, um livro de viagens, cheio das impressões do Eça. Interessantes, inteligentes mas um pouco longas (o que me fez não o acabar, aliado a outras coisas). Pensei que, acima de tudo, pelo menos a primeira parte, transmite uma ideia de Alexandria e do Cairo que permanece actual: a confusão das ruas, de povos, de cores parece-me igual. Quero ainda ler a parte do deserto, que ficou por ler. Ficou-me, sobretudo, deste livro, uma ainda maior admiração pela versatilidades de escrita do senho Eça: é de leitura fácil e é interessante. É naturalista, mostra o interesse do autor pelo que vai descobrindo. Também é etnocêntrico mas o que seria de esperar de um autor que descobre o mundo a partir da sua Europa? Vou recordar-vos que terá sido no Egipto que ele terá contraído o desarranjo intestinal que um dia o havia de levar à morte...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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