Outro livro que me foi oferecido, desta vez pelo meu afilhado, que gosta de me «abrir horizontes»... É estranho, muito estranho. Nunca se sabe o que dali vai sair. Começa por parecer ser um diário de coma do marido da protagonista. Mas depressa vemos que tudo a ultrapassa e ela se sente pressa numa qualquer maquinação. Até conseguirmos descobrir o fim, nem nos passa pela cabeça o que vai acontecer... Posso referir que um dos hábitos do marido em coma, enquanto estucador ou algo que o valha, é emparedar partes das casas em que trabalha após deixar as paredes cobertas por frases enigmáticas... É daqueles livros que nos deixa as sobrancelhas arregaladas. Não sei bem se gostei...
Deixo uma citação: «Cada vez que alguém pede a mesa dois ou dez ao pé da lareira e depois reclama por causa do fumo e por estar demasiado quente, e pede uma mesa nova, precisas de tomar uma bebida. Apenas um golinho de qualquer coisa que tenhas. (...)Um par de bebidas, um par de aspirinas. Repete. (...) Se não derem gorjeta, toma outra.»
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